quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Salvador

Salvador é, sem dúvida, uma das cidades mais belas do mundo. Por isso, e por outra série de características singulares, tornou-se também um dos principais destinos turísticos internacionais. Famosa pela sua história, pelo legado deixado por povos de outros continentes, pela miscigenação cultural, pelo sincretismo religioso e pelo povo hospitaleiro, a capital baiana é cenário e objeto de estudo de profissionais de diversas áreas, há muitos anos. Atrai ainda visitantes de todos os cantos, que chegam trazidos pela melhor propaganda que já inventaram: a que se difunde experimentalmente, a famosa propaganda “boca a boca”.

No entanto, ainda que o turista seja atraído à capital da alegria da forma mais natural possível, pela própria riqueza que nela está contida, entendemos que a atividade turística é de extrema importância, hoje, para a nossa gente. E, por isso, buscamos cada vez mais qualificar os nossos equipamentos, os nossos serviços, de forma a fazer com que a estadia em Salvador seja, de fato, inesquecível. E que, mais do que encher os olhos que de quem aqui vem, faça com que o turista volte. Sempre.
Arquitetura:A primeira capital do Brasil guarda em seu território muito da arquitetura colonial, abrigando relíquias seculares. Seus museus e palácios de excelência arquitetônica contam como era a vida da suntuosa e imponente Salvador nos tempos de Colônia e Império.
O traço da cidade declara a preocupação dos colonizadores do século XVI em criar
uma cidade com boa estrutura de defesa, de maneira que sua porção litorânea fosse guardada pelos fortes sempre vigilantes a possíveis invasões.


O conjunto arquitetônico do Pelourinho está no mais alto sítio da cidade. Seus mais de mil sobrados, solares, palacetes, igrejas e conventos são voltados para o sul, o que remonta o modelo Ibérico de construções, com grandes salões voltados para o poente e quintais em forma de jardins ao fundo. Nestas construções as pedras de lios compõem as alvenarias e o acabamento, feito em azulejos portugueses.

Do século XVII vieram os registros beneditinos com igrejas de grande porte e riqueza. Adornos em madeira, folheados a ouro e pinturas ao teto finalizam estas construções com um toque do Barroco. Os espaços que melhor caracterizam esse período são a Catedral Basílica, o Convento do São Francisco, a Igreja de N. S. do Carmo, a Casa da Misericórdia e a Igreja da Conceição da Praia.
Um século depois, como reflexo da mudança da capital para o Rio de janeiro, a arquitetura torna-se menos vultuosa, contudo ganha em elegância e graciosidade, o que relembra o rococó Barroco. Neste período foram construídas a Igreja de N. S. da Penha da França, N. S. da Conceição do Boqueirão, N. S. da Saúde e Glória e a famosa Igreja de N.S. do Bonfim.
No século XIX cresce a urbanização da cidade, que ganha os sobrados elevados de até quatro pavimentos. A influên

cia neoclássica é dominante com colunas, baixos relevos de guirlandas e medalhões nas fachadas. São datadas desta época as construções do Mercado Modelo (antiga Alfândega) e da sede da Associação Comercial.
No século passado, rompendo com o modelo de arquitetura antiga - marcante em toda a história da cidade, surge um novo traçado arquitetônico com largas avenidas e vales que incorporam prédios pós-modernos de formas não regulares, nos quais o vidro e o concreto são predominantes e contrastam com cores fortes. São exemplos da recente Salvador o prédio da Casa do Comércio Deraldo Mota, o Centro de Convenções, o Teatro Castro Alves, o Estádio Otávio Mangabeira e os grandes shoppings centers.
Sem esquecer do passado, S
alvador da Bahia entra no século XXI com mais inovações, acompanhando a trajetória mundial. O Plano Inclinado Gonçalves, que liga a cidade alta à cidade baixa, foi revitalizado. O Elevador Lacerda que, além de ter sido restaurado ganhou um posto de atendimento ao turista, conta agora com uma moderna iluminação cênica, capaz de mudar as cores do imponente monumento à medida que o sol se põe. De lá, é possível se obter uma das melhores visões panorâmicas da cidade.
O Aeroporto Internacional
Deputado Luís Eduardo Magalhães também foi contemplado pelas inovações, tornando-se um dos aeroportos de melhor infra-estrutura do país. Com a recente construção do metrô, a cidade consolida a sua vanguarda e escreve um novo capítulo de sua história arquitetônica, lapidada ao longo dos séculos. Na cidade, de traçado singular, convivem em harmonia os antigos casarões e as modernas contruções urbanas

História da cidade: A história da cidade de Salvador inicia-se 48 anos antes de sua fundação oficial com a descoberta da Baía de Todos os Santos, em 1501. A Baía reunia qualidades portuárias e de localização, o que a tornou referência para os navegadores, passando a ser um dos pontos mais conhecidos e visitados do Novo Mundo. Isso fomentou a idéia de construção da cidade. O rei D. João III, então, nomeou o militar e político Thomé de Sousa para ser o Governador-geral do Brasil e fundar, às margens da Baía, a primeira metrópole portuguesa na América.
Em 29 de março de
1549, a armada portuguesa aportava na Vila Velha (hoje Porto da Barra), comandada pelo português Diogo Alvares, o Caramuru. Era fundada oficialmente a cidade de Cidade do São Salvador da Baía de Todos os Santos, que desempenhou um papel estratégico na defesa e expansão do domínio lusitano entre os séculos XVI e XVIII, sendo a capital do Brasil de 1549 a 1763.
O trecho que vai da atual Praça Castro Alves até a Praça Municipal, o plano mais alto do sítio, foi escolhido para a construção da cidade fortaleza. Thomé de Souza chegou com uma tripulação de cerca de mil homens – entre voluntários, marinheiros soldados e sacerdotes, que ajudaram na fundação e povoação de Salvador.
Em 1550, os primeiros e
scravos africanos vieram da Nigéria, Angola, Senegal, Congo, Benin, Etiópia e Moçambique. Com o trabalho deles, a cidade prosperou, principalmente devido a atividade portuária, cultura da cana de açúcar e comercialização o algodão o fumo e gado do Recôncavo.
A riqueza da Capital atraiu a atenção de estrangeiros, que promoveram expedições para conquistá-la. Durante 11 meses, de maio de 1624 ao mês de abril de 1625, Salvador ficou sob ocupação holandesa. Em 1638, mais uma tentativa de invasão da Holanda, d
esta vez com o Conde Maurício de Nassau que não obteve êxito.
A cidade foi escolhida como refúgio pela
família real portuguesa ao fugir das investidas de Napoleão na Europa, em 1808. Nessa ocasião, o príncipe regente D. João abriu os portos às nações amigas e fundou a escola médico-cirúrgica, primeira faculdade de medicina do País.
Em 1823, mesmo um
ano depois da proclamação da Independência do Brasil, a Bahia continuou ocupada pelas tropas portuguesas do Brigadeiro Madeira de Mello. No dia 2 de julho do mesmo ano, Salvador foi palco de um dos mais importantes acontecimentos históricos para o estado e que consolidou a total independência do Brasil. A data passou a ser referência cívica dos baianos, comemorada anualmente com intensa participação popular.
Dos planos iniciais de D. João III, expressos na ordem de aqui ser construída "A fortaleza e povoação grande e forte", o compromisso foi cumprido por Thomé de Souza e continuado pelos que os sucedem. São filhos de Catarina e Caramuru, que se misturaram com os negros da mãe África e legaram à Salvador a força de suas raças criando um povo “gigante pela própria natureza”.

Geografia e clima: A formação geográfica da cidade, de forma triangular e cercada pelo mar em 3 lados, concede condições privilegiadas para se aproveitar o sol (média de 2.220 horas de exposição anual ao sol) enquanto uma suave brisa sopra constantemente, tornando o clima muito agradável.

Coordenadas:

Latitude Sul: 8°30 a 18°30
Longitude Oeste: 37°30 a 46°30 Ecologia

*Salvador é uma cidade de clima quente e úmido, tipicamente tropical - localizada entre o Trópico de Capricórnio e a Linha do Equador, ensolarada, com uma temperatura média de 25º C (76º F) que pouco varia durante o ano.
Horas de Sol*

Janeiro 246,4
Fevereiro 224,0

Março 230,0
Abril 189,0
Maio 172,6
Junho 167,2
Julho 185,5

Agosto 204,3
Setembro 211,0
Outubro 228,4
Novembro 213,9
Dezembro 223,6

Com 2465,9 horas anuais de sol e dias claro em todas as estações do ano, Salvador está entre as cidades mais ensolaradas do mundo.
* Média dos últimos 30 an
os

Temperatura em °C* max. méd. mín

Janeiro - 30,0 26,5 23,8
Fevereiro - 30,0 26,6 23,9
Março - 29,9 26,7 24,0
Abril - 28,8 26,1 23,7
Maio - 27,7 25,1 22,9
Junho - 26,8 24,3 22,1

Julho - 26,2 23,6 21,4
Agosto - 26,4 24,6 21,3
Setembro - 27,2 24,3 21,8
Outubro - 28,2 25,0 22,5
Novembro - 28,9 25,6 22,9
Dezembro - 29,4 26,0 23,3

-Com uma temperatura média anual de 25.5°C, Salvador apresenta pequenas varições térmicas e conta com uma brisa refrescante constante que vem do mar.

Cultura: A culinária, artesanato, manifestações populares e religiosas, arquitetura e memória. Somados, estes elementos constituem o legado de um povo: a sua cultura. Porém, tratando-se de Salvador, o conceito de cultura extrapola o limite de qualquer definição e compreende um universo inesgotável de riquezas, do qual o maior tesouro é mesmo o seu povo.
A mistura de credos, lendas, cores e raças, resultado da comunhão entre o indígena, o europeu e o africano, foi inc
orporada por Salvador e pode ser apreciada através de suas manifestações culturais cultivadas durante o ano inteiro. A capoeira, o candomblé, o maculelê e o Carnaval são algumas destas representações populares. Desde sua arquitetura secular, passando pela diversidade rítmica, até a sua literatura: tudo em Salvador da Bahia é único.
A magia desta cidade, qu
e tanto encanta e seduz, é misteriosa como o namoro da lua como o mar, bela como o por do Sol do Humaitá, multidimensional como a cidade vista do alto do Elevador Lacerda, colorida como o Pelourinho, forte como a fé da população, frenética como o requebrado deste povo atrás do trio elétrico, preciosa como a sua arquitetura, gostosa como a sua culinária e incessante como o subir e descer das ladeiras. A forma como as pessoas interagem com todos estes ícones é o que faz da cultura de Salvador algo especial e diferenciado.
Do axé ao bolero, do reggae ao clássico. Salvador é um caldeirão musical, que ferve ao som de todos os ritmos. Dança ao som de todas as músicas. Cintila sobre todas as cores de todos os corpos de tanta gente. Salvador é fé. A mesma fé que move os que acreditam do candomblé ao espiritismo. Salvador tem espaço para todos os credos. Tem espaço para todas as tribos, para todos os gostos e todas as necessidades. A noite ferve para os jovens, os bares da orla divertem a boemia. Há lugar para gente de todas as idades. De todas as línguas. Salvador é singular porque é plural.
Emoções, sensações e imagens inesquecíveis são registradas para sempre na memória de quem conhece a cidade. Desta forma, dentro de cada visitante, há um pedacinho de Salvador em todos os cantos do planeta. E quem leva Salvador no coração, para onde vai, tem necessidade de voltar um dia. A Salvador guardada no coração de tanta gente e a Salvador, capital da Bahia e coração do Brasil são a mesma cidade. Mas só quem toca os pés deste solo sagrado consegue se sentir verdadeiramente completo.

Museus: Os museus são, fundamentalmente, instituições sem fins lucrativos; espaços construídos para servir à sociedade, preservando e expondo alguns de seus bens culturais (recursos naturais, criações artísticas, científicas e tecnológicas). Servem para promover cursos, debates, palestras, exposições e gincanas, dentre outros eventos. Um espaço para aproximar as pessoas; para promover não só educação mas também lazer.
Na Grécia Antiga havia o museion, que era justamente o lugar onde se "guardavam os conhecimentos da humanidade". Desta fonte de saber, considerada templo e dedicada às musas, os gregos tiravam o conhecimento necessário para continuar melhorando cada vez mais a sua qualidade de vida.
Existem hoje em Salvador cerca de 50 museus, dos quais 25 estão funcionando. O passado artístico, cultural e social de Salvador está preservado neles. Do Museu de Arte da Bahia (MAB), o mais antigo do estado, ao caçula Museu Náutico, a primeira capital do país guarda histórias inusitadas. Todos os museus baianos propõem uma viagem incomum. As coleções possuem um valor simbólico tão grande que, na maioria dos casos, é muito difícil converter em cifras.
Ainda assim, a importância dos museus de Salvador tem despertado o interesse de especialistas nacionais e estrangeiros. Neles, encontramos um valioso acervo da arte religiosa e decorativa dos antigos solares
e objetos pertencentes a antigas famílias e personalidades baianas. Visitas são indispensáveis aos Museus de Arte Sacra e Abelardo Rodrigues. Ambos possuem as maiores coleções de arte sacra do país. Além disso não se pode deixar de conhecer o Museu de Arte da Bahia, o Costa Pinto e o Abelardo Rodrigues.
O Museu de Arte da BahiaMuseu Carlos Costa Pinto abriga o acervo particular do colecionador e entre as peças estão obras de arte, objetos de cristais, mobiliário dos séculos XVIII e XIX, tapeçaria, peças sacras e porcelanas chinesas. As jóias de ouro e a coleção de 27 balangandãs de prata são as peças mais preciosas d
e todo o acervo.
Destaca-se ainda o Mu
seu da Cidade, em que está preservada a Salvador de tempos antigos e encontram-se objetos temáticos de personalidades baianas como as bonecas de pano, orixás, ex-votos e imagens sacras. Nele também existe uma pinacoteca. Temos também a Fundação Casa de Jorge Amado com fotos, objetos e a história do autor de famosos romances que falam da Velha Bahia como Gabriela - Cravo e Canela, Dona Flor e Seus Dois Maridos, O País do Carnaval e Tieta do Agreste.
Algumas igrejas e mosteiros também abrigam museus como o do Carmo da Misericórdia e de São Bento. Surgiram ainda, com a revitalização dos fortes, o Museu Náutico, no Forte de Santo Antônio da Barra (Farol da Barra) e o Museu da Comunicação, no Forte de São Diogo.
Outros importantes museus espalhados pela capital baiana são: do Cacau, Geológico do Estado, Tempostal, Solar do Ferrão, de Arte Antiga e Popular Henriqueta M. Catharino, Eugênio Teixeira Leal e das Portas do Car
mo.
Diferente do que muitos
podem pensar, estes conjuntos históricos possuem ambientes limpos e confortáveis. Há guias ou monitores muito bem informados, folders com reproduções de peças do acervo à disposição do público e, em alguns, até lanchonetes e casas de chá. As visitas não custam mais que R$ 5 para quem não é estudante. Alguns, inclusive, nem cobram taxa de acesso.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Morro do São Paulo

Morro de São Paulo

História: Martim Afonso de Sousa desembarca na ilha em 1531 e a batiza com o nome de Tynharéa. Devido à sua localização geográfica privilegiada, foi cenário de inúmeros ataques de esquadras fra

ncesas e holandesas, verdadeira zona franca de corsários e piratarias durante o período colonial.

Sob a jurisdição da capitania de São Jorge dos Ilhéus, Jorge de Figueiredo Correa recebeu a propriedade de D.João III, e designou Francisco Romero para a colonização das terras. Os constantes ataques dos índios aymorés e tupiniquins à população continental da região favoreceram a rápida povoação das ilhas, e em 1535 nascia no norte da ilha a vila Morro de São Paulo.

Morro de São Paulo protegia a chamada "barra falsa da Baía de Todos os Santos" ,entrada estratégica para o Canal de Itaparica até o Forte de Santo Antônio (atual Farol da Barra); e o canal de Tinharé era essencial no escoamento da produção dos principais centros para o abastecimento da capital, Salvados. A importância geográfica da ilha durante o período colonial justifica a riqueza de monumentos históricos, hoje protegidos pelo Patrimônio Histórico Nacional.

Morro de Sao Paulo é uma ilha do Atlântico, não atrai só por ter praias bonitas e piscinas naturais com água transparentes. Morro é a ilha dos opostos, sejam eles o festeiro que mal vê a luz do dia ou o aventureiro que procura uma praia deserta cheia de coqueiros, todos podem se maravilhar, não importa se vêm de mochila nas costas ou com um pacote cinco estrelas de um resort de luxo. Só têm três lugares para entrar: duas pistas de pouso de taxi-aéreo e o que á mais comum, o porto. Saindo do porto vocô já se depara com um monumento de mais de trezentos anos, o Portaló. Esse pórtico faz parte do Forte de Morro de São Paulo, construído para conter as invasões holandesas, lá no século XVII. Continuando o caminho ladeira acima - é, pra sair do porto e do Forte tem que subir uma ladeira chega-se na Igreja Nossa Senhora da Luz. Dizem que foi ela - a Nossa Senhora - que fêz os holandeses acreditarem que havia uma grande esquadra portuguesa na ilha e desistirem de atacar a vila. Pronto, já chegamos na praça Aureliano Lima, a pracinha central. Aqui, de noite, tem uma feirinha de artesanato e o Foom - o argentino mais brasileiro de que se tem notícia - tocando música popular brasileira.

Carro? Nem pensar. Até existem alguns na ilha, mas nenhum entra no vilarejo. O único veículo motorizado que anda nas ruelas - e só de manhã cedinho - é um trator que recolhe o lixo.

Primeira Praia é minúscula. São só trezentos metros. Algumas casas de veraneiro, algumas pousadas, umas agências. A praia é a única da ilha com um pouco de ondas. O fundo é de areia, num declive suave mas contínuo. Nas duas laterais há paredes de coral. É o cenário perfeito para vários esportes: natação, mergulho livre, mergulho com cilindro, banana-boat, e uma coisa inusitada: a maior tiroleza do Brasil, que acaba dentro d´água. É a praia mais freqüentada pelos nativos, e não tem vida noturna.

Segunda Praia é o lugar mais agitado, seja de dia ou de noite. Essa praia nunca pára. É o lugar de tomar banho de sol, jogar frescobol, vôlei, deitar de barriga pra cima nas piscinas naturais. À noite é o lugar do luau, dos inúmeros bares, danceterias, restaurantes. A praia toda têm só quatrocentos metros, e é cercada de arrecifes de coral, ou seja, nunca tem ondas. No final dela está a Ilha da Saudade - que é ilha só na maré bem alta - um dos cartões portais de Morro de Sao Paulo.
Terceira Praia no começo tem um muro enorme e é bem urbanizada. Na segunda metade já não tem nada, só um ou outro hotel e uma das pistas de pouso. É dessa praia que saem os passeios para as demais ilhas. Também tem bastante coral, embora o meio da praia seja de fundo de areia, permitindo a entrada de todo tipo de embarcações. É maior que as praias anteriores, com uns 800 metros.


Quarta Praia ou quinta praia, tem mais de quatro quilômetros e quase nenhum movimento. Claro, bem no começo dela até junta uma galerinha no meio do verão, que fica curtindo as piscinas naturais. Mas issó é só nos primeiros 200 metros. Depois é uma praia super tranqüila, com alguns hotéis e pousadas e muitos, muitos coqueiros. Quer dizer que quem ficar hospedado nessa praia vai ter que caminhar "tudo isso" de volta até a vila? Não. Atrás da Segunda Praia começa uma estrada que segue paralela à Terceira e à Quarta Praia.Nessa estrada os únicos veículos que andam na ilha, são tratores, jipes e alguns furgões, cada um de um hotel. Antigamente esses tratores andavam pela praia, mas hoje isso é proibido. É também por esta estrada que se chega na segunda pista de pouco, depois da Quarta Praia.

Praia do Encanto é deserta. Tem alguns hotéis, piscinas naturais, e termina num imenso manguezal, a Ponta Panã. Aqui acaba aquilo que se conhece por Morro de São Paulo, mas a ilha de Tinharé (é, o nome da ilha não é Morro de São Paulo) ainda continua. Caminhando por uma ilha - onde é essencial ter um guia - pode-se chegar em Garapuá, uma enseada com uma minúscula vila de pescadores. Não convém se aventurar sozinho nessa trilha. Se você encontrar o caminho, são 6 quilômetros desde o final da Praia do Encanto. Da vila de Morro até Garapuá dá uns 14 quilômetros. Depois de Garapuá tem mais uns 10 quilômetros de praia deserta, o Pontal, ou Pratigi. Acaba no Rio de Inferno, que divide a ilha de Tinharé da ilha de Boipeba.


Gamboa onde tem um cluve de vela, onde se pode alugar veleiros de todos os tamanhos, e diversos bares e restaurantes. Gamboa é um povoado de pescadores, mas hoje abriga muitos dos trabalhadores de Morro de São Paulo. É uma ótima praia para passar o final de tarde.



A parte da ilha voltada para o continente não tem praias, só manguezais. Há mais dois povoados: Galeão e Canavieira. O primeiro tem uma igrejinha no alto de um morro, visível de muito longe. O segundo tem um criatório de ostras. E o "miolo" da ilha? Essa parte ainda é praticamente como quando os portugueses chegaram aqui: grande áreas de mata atlântica, restingas e manguezais.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Chapada Diamantina

Chapada Diamantina é uma região de serras, situada no centro do Estado brasileiro da Bahia, onde nascem quase todos os rios das bacias do Paraguaçu, do Jacuípe e do Rio de Contas. Essas correntes de água rotam nos pontos mais altas das montanhas e deslizam pelo relevo em belos regatos, despencam em borbulhantes cachoeiras e formam transparentes piscinas naturais.
A vegetação é exuberante, composta de espécies da caatinga semi-árida e da flora serrana, com destaque para as bromélias, orquídeas e sempre-vivas.
Alguns atrativos naturais causam espanto e êxtase, como a Cachoeira da fumaça e seus 380 metros de queda livre ou o deslumbrante Poço Encantado. Mas são tantas as atrações que se pode optar entre visitar grutas, tomar banho de cachoeira, fazer trekking em antigas trilhas de garimpeiros, montar a cavalo ou praticar esportes e aventuras. A Chapada abriga, em seus vales e cumes, comunidades esotéricas e alternativas como no Vale do Capão. Os dois pontos mais altos da Bahia estão na Chapada: o Pico do Babado com 2.033 metros (o mais alto do nordeste) e o Pico das Almas com 1 958 metros.
Caminhar respirando o ar puro e admirando a paisagem é a principal opção dos turistas de todas as partes que visitam a Chapada. Os lugares verdejantes guardam sempre uma surpresa com águas cristalinas ou areias coloridas, belos morros, flores e hortaliças que encantam pela beleza e viço. Em Igatu, a curiosidade se aguça em meio às ruínas da cidade fantasma, construída com pedras que formam as paredes de pequenas grutas.





Cachoeira da Fumaça: Exuberante e imponente, essa cachoeira despenca de um paredão de, aproximadamente, 400 m. Devido a sua pequena vazão de água, forma-se uma cortina de fumaça perto do solo. São necessários 12 km de caminhada. Já para vê-la de baixo é preciso um pouco mais de fôlego. São três dias de caminhada, acampando e passando por lugares como a Serra do Veneno, Cachoeira do Palmital, Cachoeira do Sossego, entre outros.






Gruta da Lapa Doce: A Lapa Doce faz parte de um complexo de cavernas calcáreas e está no município de Iraquara. A entrada é feita através de uma dolina (depressão externa formada por erosão de material calcáreo). A visitação é permitada com grupos de no máximo 12 pessoas, acompanhadas sempre por guia. Na gruta da Lapa Doce são encontradas formações de rara beleza, inclusive o efeito sobre um espeleotema (formação de caverna) provocado pelo desmatamento na superfície, que permite a entrada de água com argila. O resultado são tons avermelhados em contraste com o branco da calcita.







Poço Encantado: Dentro de uma gruta a natureza dá o seu espetáculo. De abril a agosto um raio de sol atravessa a gruta criando um efeito belíssimo em suas águas. Partindo de Lençóis são 150 km.






Morro do Pai Inácio: Esse é o ponto mais alto da Chapada (1.120 m) e funciona como um ótimo mirante. De lá é possível ter uma visão completa do Parque. Para quem sai de Lençóis, uma boa opção é fazer o passeio a cavalo.







Gruta do Lapão: De difícil acesso, a gruta é um prato cheio para os praticantes de rapel. Para quem já tem experiência no esporte há uma descida em rapel negativo de 50 m.





Mucugê - Palmeiras: Os ciclistas que se preparem: são em média 5 dias pedalando (75 km). O circuito passa pelo Morro Volta da Serra, de onde pode-se avistar a Serra do Sincorá. O momento mais difícil é a travessia do rio Roncador.