quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Morro do São Paulo

Morro de São Paulo

História: Martim Afonso de Sousa desembarca na ilha em 1531 e a batiza com o nome de Tynharéa. Devido à sua localização geográfica privilegiada, foi cenário de inúmeros ataques de esquadras fra

ncesas e holandesas, verdadeira zona franca de corsários e piratarias durante o período colonial.

Sob a jurisdição da capitania de São Jorge dos Ilhéus, Jorge de Figueiredo Correa recebeu a propriedade de D.João III, e designou Francisco Romero para a colonização das terras. Os constantes ataques dos índios aymorés e tupiniquins à população continental da região favoreceram a rápida povoação das ilhas, e em 1535 nascia no norte da ilha a vila Morro de São Paulo.

Morro de São Paulo protegia a chamada "barra falsa da Baía de Todos os Santos" ,entrada estratégica para o Canal de Itaparica até o Forte de Santo Antônio (atual Farol da Barra); e o canal de Tinharé era essencial no escoamento da produção dos principais centros para o abastecimento da capital, Salvados. A importância geográfica da ilha durante o período colonial justifica a riqueza de monumentos históricos, hoje protegidos pelo Patrimônio Histórico Nacional.

Morro de Sao Paulo é uma ilha do Atlântico, não atrai só por ter praias bonitas e piscinas naturais com água transparentes. Morro é a ilha dos opostos, sejam eles o festeiro que mal vê a luz do dia ou o aventureiro que procura uma praia deserta cheia de coqueiros, todos podem se maravilhar, não importa se vêm de mochila nas costas ou com um pacote cinco estrelas de um resort de luxo. Só têm três lugares para entrar: duas pistas de pouso de taxi-aéreo e o que á mais comum, o porto. Saindo do porto vocô já se depara com um monumento de mais de trezentos anos, o Portaló. Esse pórtico faz parte do Forte de Morro de São Paulo, construído para conter as invasões holandesas, lá no século XVII. Continuando o caminho ladeira acima - é, pra sair do porto e do Forte tem que subir uma ladeira chega-se na Igreja Nossa Senhora da Luz. Dizem que foi ela - a Nossa Senhora - que fêz os holandeses acreditarem que havia uma grande esquadra portuguesa na ilha e desistirem de atacar a vila. Pronto, já chegamos na praça Aureliano Lima, a pracinha central. Aqui, de noite, tem uma feirinha de artesanato e o Foom - o argentino mais brasileiro de que se tem notícia - tocando música popular brasileira.

Carro? Nem pensar. Até existem alguns na ilha, mas nenhum entra no vilarejo. O único veículo motorizado que anda nas ruelas - e só de manhã cedinho - é um trator que recolhe o lixo.

Primeira Praia é minúscula. São só trezentos metros. Algumas casas de veraneiro, algumas pousadas, umas agências. A praia é a única da ilha com um pouco de ondas. O fundo é de areia, num declive suave mas contínuo. Nas duas laterais há paredes de coral. É o cenário perfeito para vários esportes: natação, mergulho livre, mergulho com cilindro, banana-boat, e uma coisa inusitada: a maior tiroleza do Brasil, que acaba dentro d´água. É a praia mais freqüentada pelos nativos, e não tem vida noturna.

Segunda Praia é o lugar mais agitado, seja de dia ou de noite. Essa praia nunca pára. É o lugar de tomar banho de sol, jogar frescobol, vôlei, deitar de barriga pra cima nas piscinas naturais. À noite é o lugar do luau, dos inúmeros bares, danceterias, restaurantes. A praia toda têm só quatrocentos metros, e é cercada de arrecifes de coral, ou seja, nunca tem ondas. No final dela está a Ilha da Saudade - que é ilha só na maré bem alta - um dos cartões portais de Morro de Sao Paulo.
Terceira Praia no começo tem um muro enorme e é bem urbanizada. Na segunda metade já não tem nada, só um ou outro hotel e uma das pistas de pouso. É dessa praia que saem os passeios para as demais ilhas. Também tem bastante coral, embora o meio da praia seja de fundo de areia, permitindo a entrada de todo tipo de embarcações. É maior que as praias anteriores, com uns 800 metros.


Quarta Praia ou quinta praia, tem mais de quatro quilômetros e quase nenhum movimento. Claro, bem no começo dela até junta uma galerinha no meio do verão, que fica curtindo as piscinas naturais. Mas issó é só nos primeiros 200 metros. Depois é uma praia super tranqüila, com alguns hotéis e pousadas e muitos, muitos coqueiros. Quer dizer que quem ficar hospedado nessa praia vai ter que caminhar "tudo isso" de volta até a vila? Não. Atrás da Segunda Praia começa uma estrada que segue paralela à Terceira e à Quarta Praia.Nessa estrada os únicos veículos que andam na ilha, são tratores, jipes e alguns furgões, cada um de um hotel. Antigamente esses tratores andavam pela praia, mas hoje isso é proibido. É também por esta estrada que se chega na segunda pista de pouco, depois da Quarta Praia.

Praia do Encanto é deserta. Tem alguns hotéis, piscinas naturais, e termina num imenso manguezal, a Ponta Panã. Aqui acaba aquilo que se conhece por Morro de São Paulo, mas a ilha de Tinharé (é, o nome da ilha não é Morro de São Paulo) ainda continua. Caminhando por uma ilha - onde é essencial ter um guia - pode-se chegar em Garapuá, uma enseada com uma minúscula vila de pescadores. Não convém se aventurar sozinho nessa trilha. Se você encontrar o caminho, são 6 quilômetros desde o final da Praia do Encanto. Da vila de Morro até Garapuá dá uns 14 quilômetros. Depois de Garapuá tem mais uns 10 quilômetros de praia deserta, o Pontal, ou Pratigi. Acaba no Rio de Inferno, que divide a ilha de Tinharé da ilha de Boipeba.


Gamboa onde tem um cluve de vela, onde se pode alugar veleiros de todos os tamanhos, e diversos bares e restaurantes. Gamboa é um povoado de pescadores, mas hoje abriga muitos dos trabalhadores de Morro de São Paulo. É uma ótima praia para passar o final de tarde.



A parte da ilha voltada para o continente não tem praias, só manguezais. Há mais dois povoados: Galeão e Canavieira. O primeiro tem uma igrejinha no alto de um morro, visível de muito longe. O segundo tem um criatório de ostras. E o "miolo" da ilha? Essa parte ainda é praticamente como quando os portugueses chegaram aqui: grande áreas de mata atlântica, restingas e manguezais.

2 comentários:

  1. Morro de São Paulo é um lugar extraordinario, pra quem não conhece recomendo!!! curti muito quando fui!!

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  2. Morro de Sao Paulo é tudo de bom, é um lugar maravilhoso, parabens pelas dicas.

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